
Tenho coisas muito mais lentas que me amedontram....
E outras muito mais rápidas, que como ela,
hão de ter antídoto... jájá
Um blog infantil, de tão maduro. Aqui a natureza, os animais, as pessoas sensíveis, a música, a diversidade e o amor são reverenciados. O stress, o mau-humor, o materialismo, regras nho-nhó e os preconceitos são banidos. Incondicional é o coração que bate feliz porque ama, sem nada esperar em troca, a não ser os reflexos naturais do amor.
Pronto. Se era um desabafo, uma declaração de amor, uma solicitação ao patrão, uma bronca, uma reclamação de serviço público, um segredo, uma surpresa.... ou seja lá o que fosse, você já sabe. A pessoa a quem se destinava, abriu a correspondência. Daí pra frente é relaxar e esperar resposta, ou não.
UM CUIDADO A TOMAR
No entanto, tome cuidado! Se você por acaso encontrar com o patrão e perguntar-lhe muito educadamente: E então doutor? O que achou do pedido que lhe enviei esta manhã e ele disser: "Não sei do que está falando. Não recebi nada." e se fizer de tonto, enquanto você já recebeu notificação de que o email foi aberto... Talvez seja sábio apenas dizer: "Ah, ok, tentarei re-enviar então mais tarde, por favor qdo tiver tempo, leia com carinho, ok?" E pode já se preparar porque possivelmente ele não está querendo lhe dar aquele aumento pretendido...
Se o email foi para o namorado, todo meloso... E ele te ligar da rua dizendo que está tendo um dia péssimo e corrido (mas você já também recebeu anotificação de que o email foi aberto) e você apenas sugerir que lhe mandou um emailzinho doce, pra ver se ele diz: "Ah isso eu vi" , mas ao contrário, ele responder: "Desculpa, querida, hoje nem liguei o PC de tanta pressa"... Não se precipite. Não desconfie de nada. Não ache que ele não lhe liga nenhuma, ou que mente sem intenção, apenas pra justificar o não ter escrito de volta. E PRINCIPALMENTE não o confronte com o fato de que você sabe que ele já leu, nem mesmo da maneira mais doce, tipo: "Deixa disso tolinho, eu sei que você já esteve online, não precisa me esconder, mas se está chateado com outras coisas e sem tempo, eu entendo..." Era só um copo dágua... mas ele pode garantir que não esteve online, que você está ficando doente, que vive a fantasiar coisas... E ainda corre o risco de à noite receber uma resposta atravessada por email, dizendo: "Olha, SÓ neste momento entrei na minha caixa postal. Só agora vi teu email, mas sinceramente, não me apetece te responder! Você me cansa com esses roteiros que cria na cabeça". E se você não aceitar, calada, pode virar uma baita tempestade. Portanto veja lá se vale a pena.
Quando a idéia quis virar resolução, pensei... E porque não um gatinho também? Voltaria a ter um casal de filhotes (já tive dois como poder ver na barra lateral)... E já toda decidida liguei para a Regina (a protetora da Tiffany) , com os dedos cruzados, e perguntei se ela ainda estava disponível pra adoção. Ela disse que sim (uffaaa) e que se eu a quisesse bastava comparecer à feirinha no sábado seguinte. Fiquei louca porque tinha uma festa à qual não podia faltar, mas no meu coração eu já dera a luz àquela criaturinha doce, que me lambeu através das grades e conversou comigo sem nada dizer, só mesmo pelo olhar. Expliquei à Regina e ela me garantiu: "Se você me garantir que fica com ela, não a exponho mais"... E assim foi! Um parto sem dor e um dia só de ansiedade pra logo trazê-la para casa, pois a feira acontece no litoral onde moram meus pais, a 70km daqui. Antes de ir à tal festa, corri a uma pet-store gigante que há aqui perto e fui tratar de ração, brinquedinhos, edredons e quetais...
E acontece que nesta grande loja há também um cantinho onde animais pra doar são expostos, supervisionados por uma outra ONG chamada Vira Lata é Dez . Então lá fui eu espreitar pra ver se achava um irmãozinho para a Tiff e já de cara dei com um filhotinho amarelo de olhos azuis, lindinho que só... Abri a gaiola, puxei-o pro colo e levei de cara com um KZZZZZZ, mais um salto pra trás, direto de volta pra gaiola. Inconformada, tentei todos os meus truques e grunhidos pra aproximações carinhosas com bichanos e... ele nem me ligou, virava-se de costas, mesmo. Nanão... Não era aquele. Curiosamente, na gaiola abaixo (estavam como que empilhadas) no movimento contrário, havia uma frajolinha (preta e branca) dos olhos verdes profundos, a por as patas para fora na minha direção, chegando a enganchar-se na minha blusa, com um miadinho fino de quem quer atenção. Mas não era o que havia pensado: essa já era grande (8 meses) e fêmea e... ahh... mas me olhava com uma carinha tão doce...! Foi colocar os dedos entre as grades e ela esfregar-se neles, deitar-se de barriga pra cima e fazer gracinhas. A moça que tomava conta (como se precisasse) ainda me comenta: "Nossa ela adorou-a! Acho que quer adotar você!" Sorri... Sentei ao lado da jaulinha. Botei-me a olhar pra ela e a pensar: Hummm, mais uma fêmea e ainda parecidíssima com o meu Lukas... será que devia? Será que não ia compará-la com ele que era o companheiro mais doce de cama, mesa e banho... hummm. Enquanto pensava e olhava pra ela, a danada (ainda sem nome) fazia gracinhas e se atirava contra a grade na minha direção. Foram minutos... Longos minutos... E pronto: eu estava seduzida... Sentia na mesa de parto que eram duas e já eram minhas. Comprei tudo em dupla, inclusive uma mochila onde a transportei sempre contra o corpo e ela sentindo o meu calor sequer negou-se a entrar ou ficar bem quietinha. Não deu tempo pra gravá-la (nem levei a cam) mas esta foi a primeira foto tirada já em casa.
Encomendei um nome a uma pessoa muito especial que me veio com a escolha nem um pouco discutível: Anna . Batizada já desde o primeiro momento. Um pouquinho resfriada e faminta, mas de uma docilidade impressionante pra ter sido encontrada na rua, abandonada em uma favela. O encontro das duas deixo para um próximo post. Mas posso assegurar-lhes: foi surpreendente. Mãe outra vez, mesmo ainda sentindo imensa falta do meu Alfie (no fundo acho que foi ele que pediu ao destino pra que eu arrumasse companhia que fosse só feminina), tenho já motivos pra sorrir e reclamar e passar pitos (esqueci como crianças dão trabalho). E creio que nosso sorriso a três ainda vai render muita história ! :D